O Além das Lentes realizou a oficina "Fotografia na Prática Educacional" para os educadores do Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba - PR, através do convite de Daniel Pedro, do Grupo Marista, e da coordenadora pedagógica Josiane Barbosa. A atividade aconteceu na manhã do dia 24 de julho de 2025 para duas turmas e cada turma foi dividida em dois momentos: teórico e prático. No teórico, foi apresentado o Além das Lentes de forma breve, focando na utilização da fotografia e do cinema como recursos pedagógicos, trabalhando sobre ética e composição visual com exemplos já exercidos em sala de aula pela ministrante Ângela Reck. Na prática, ambas as turmas utilizaram materiais didáticos e equipamentos fotográficos cedidos pelo Além das Lentes para as atividades com a finalidade de desenvolver habilidades básicas de criação e registros fotográficos. O Colégio Marista Santa Maria proporcionou um espaço físico amplo e versátil para a realização das atividades, com diferentes iluminações, telão e projetor. Essa estrutura permitiu o desenvolvimento de diversos cenários para os exercícios, aproveitando a arquitetura e os espaços da escola como inspiração criativa. Dentro da sala de artes, cinco mesas foram organizadas, cada uma com atividades práticas, permitindo que os participantes se sentassem ao redor das atividades conforme iam chegando.

"Todo fotógrafo tem três roupagens: a do "ladrão", a do "engenheiro" e a do "invisível". O ladrão não se importa com foco ou estética. Vale tudo porque o importante é roubar cenas do jeito que der. O engenheiro dirige suas cenas com régua e compasso para engrandecer o quadro. O invisível é quando o fotógrafo, dissolvido na multidão, capta o mundo com "três olhos" sem que ninguém o perceba”. - Walter Firmo.
As cinco simulações distintas, cada uma pensada para desenvolver habilidades específicas, foram organizadas para que os participantes compreendessem e aplicassem os conceitos fundamentais apresentados na parte teórica sobre a fotografia por meio da prática orientada, estimulando a capacidade de adaptação a diferentes condições de registro. Os grupos rotacionaram entre os cenários, dedicando até dez minutos a cada simulação, permitindo que os educadores experimentassem essa variedade de possibilidades.

Um aspecto positivo da oficina foi a promoção da integração sociocultural e o intercâmbio de experiências entre os participantes de forma colaborativa. Essa troca é fundamental em programas de desenvolvimento profissional, pois permite que os educadores aprendam, validem suas próprias descobertas e expandam suas perspectivas sobre o uso da fotografia na educação, sendo um espaço seguro onde a experimentação e o erro são vistos como partes integrantes do processo. Observando o movimento durante o exercício das simulações e os resultados fotográficos me mostraram que, apesar de a teoria ter sido exemplificada visualmente, foi no momento da prática que a diferença e o desenvolvimento dos participantes se tornaram evidentes. É possível identificar a autonomia que os educadores possuem dentro do colégio através das atividades, já que as propostas eram limitadas aos espaços que estavam e eles buscaram soluções para tal, participaram ativamente das simulações práticas, principalmente a primeira turma.
ALGUNS RESULTADOS DAS DUAS TURMAS:



