O que é um equipamento ruim? Vejo muitas pessoas e alunos falando sobre como o equipamento deles não se encaixam para a área que querem trabalhar - realmente há um determinado equipamento para tal área, mas o que precisamos entender é que tudo é mutável. Em 2017 eu afundei a minha Canon 7D em um igarapé na Amazônia e desde então os meus equipamentos provaram que são guerreiros junto comigo - ela ficou um dia sem funcionar e depois ela voltou a funcionar, foi com uma lente emprestada e com a câmera instável que finalizei meu documentário. A lente 85mm foi recuperada em Florianópolis por um técnico, mas atualmente ela não funciona o foco automático, apenas o manual e com dificuldade ainda - fotografei um evento com ela no espaço fechado de um cinema, cuidei muito do foco e deu tudo certo. Minha câmera tem problema no microfone de saída, funciona somente com microfones extras e como meu orçamento não encaixa uma compra, adaptei uma lapela no meu celular e utilizo outra saída, é um caos para editar, mas da tudo certo. Posso listar uma sequência de problemas nos equipamentos e que encontrei a solução a partir deles, é nessa hora que buscamos o nosso melhor.
Adaptem-se camaleões, a câmera é apenas uma ferramenta
e o que eu realmente preciso saber é qual o meu objetivo com esse equipamento.
Câmera semi-profissional: uma semi muitas vezes não tem configuração em Kelvin e outras funções que uma profissional tem, mas a qualidade dela não é inferior - atualmente uma câmera como a T6i é uma câmera completa e pode quebrar um baita galho para quem está começando já com eventos marcados. Sempre recomendo para quem está começando, já que o custo da compra é menor e pela facilidade de manutenção, caso necessário. Todas as partes das câmeras são vendidas separadas, então outro motivo pela recomendação é que enquanto você economiza no corpo, você pode ir investindo em lentes e quando ter uma grana a mais pode comprar o tão sonhado corpo profissional. Uma informação é que o tamanho do sensor importa - há uma diferença significativa entre um sensor minúsculo em uma câmera e uma DSLR com sensor full-frame. Coisas como faixa dinâmica, profundidade de campo, ângulos de visualização e ruído, tudo contribuem para a qualidade, percepção de uma imagem e a diferença é bastante evidente.
Câmera Profissional: já tem uma clientela boa, um orçamento que consegue investir em equipamentos e equipe para usá-los, então é hora de pesquisar. Como uma boa tecnologia, as câmeras também vão evoluindo e desvalorizando - principalmente que todas as câmeras têm um tempo de uso conforme os cliques.
Celular: Mais e mais fotógrafos têm usado celulares para fotografar ensaios, casamentos ou eventos sociais. E isso é uma tendência no mercado de fotografia em função da praticidade desse tipo de aparelho, pois possuem conectividade total e instantânea com redes sociais, o que facilita a publicação das fotos, rapidez para fazer a correção das fotos através de inúmeros aplicativos e a qualidade similar de uma câmera boa. Porém, os celulares e smartphones também são alvos fáceis de roubos e furtos em qualquer lugar. E hoje é um dos aparelhos mais visados por ladrões ou quadrilhas. Por isso, veja 5 dicas para fotografar com segurança usando seu celular, principalmente agora no Carnaval, onde há um aumento no número de furtos dos aparelhos.
Principais dicas:
Fazer backup dos seus dados: Geralmente no seu celular há muitas fotos e dados armazenados, então antes de sair para fotografar num lugar externo ou com muita aglomeração de pessoas, faça um backup de todos os dados. Uma boa opção para isso é o Google Photos, que é gratuito e disponibiliza espaço ilimitado para backup de fotos e vídeo. No iPhone também é possível fazer a cópia de segurança dos arquivos localmente utilizando o iTunes ou na nuvem utilizando o iCloud. Nem preciso dizer que com as câmeras, o backup é extremamente importante também - mas esse requer mais espaço, então recomendo o G-Suíte. Para quem tem uma vida estável, HD Externo também é recomendado - eles são sensíveis e perdi dois HD's viajando batendo.
Limpeza: é importante fazer uma manutenção regular nos equipamentos devido aos fungos e umidades, principalmente quem mora perto de litorais. Você pode fazer uma vez por semana com um kit que pode ser comprado online e o recomendado é ao menos a cada seis meses em um profissional - dependendo o uso da câmera. Câmeras avançadas possuem sistema de limpeza automático. Basta acionar os comandos de acordo com o manual. Na câmera D300 da Nikon, por exemplo, selecione a opção "Limpar o sensor" (“Clean image sensor”) e então "Limpar agora" (“Clean now”). Este modelo ainda oferece uma opção em que a limpeza do sensor é feita toda vez que a câmera é ligada ou desligada (“Clean at startup/shut down”).
Cuidado onde usa o Wireless e o Bluetooth: Quando não estiver em casa, desligue a sua conexão sem fios e o bluetooth do seu aparelho, diferente da rede da sua casa, as conexões sem fio da maioria dos lugares públicos não oferecem o mínimo de segurança. Conectando-se a elas, você passa estar vulnerável e suscetível a ataques de hackers.
Guarde bem o seu equipamento quando não estiver fotografando: Fotografar com celular sempre é uma ação que o aparelho fica bem exposto. Então, quando não tiver usando o aparelho para clicar não deixar o celular no bolso de trás da calça. Aproveite a volta das pochetes ou use uma doleira por dentro da roupa - se puder usar uma calça ou blusa que tenha um bolso com zíper é ainda melhor e caso faça o armazenamento do aparelho numa mochila, evite de coloca-los nos compartimentos externos
Faça seguro: Além das medidas de segurança como backups dos dados, senhas de acessos e medidas preventivas na hora de usar e armazenar, outro medida importante e barata é fazer um seguro total do seu equipamento. O seguro cobre além de roubo e furto, danos à tela causados por uma queda acidental ao chão ou dano por contato com água.